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Habitar Refúgios no Plantationoceno 2023
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Gabrielly Merlo de Souza. Habitar mundos compostos:Políticas de pertencimento à terra para além do humano. 
A imagem do composto, seja como processo biológico, seja como restos de material orgânico em decomposição, nos dá uma dimensão rica e abrangente, assim como descentrada do humano, do que estou chamando de políticas de pertencimento à terra para além do humano. Para discorrer sobre isso, a compostagem, a ética do cuidado (Bellacasa, 2017) e a habitabilidade biointerativa (Bispo, 2015) são conceitos fundamentais para pensarmos a terra antropogênica, bem como os efeitos destrutivos das monoculturas e do colonialismo para os humanos e demais espécies que habitam o planeta. Nesta apresentação, as noções de refúgio e de rotas de fuga, importantes para entendermos as transformações provocadas e desencadeadas pelas plantations e pelo Plantatioceno, serão pensadas a partir da constituição de territórios existenciais imbricados nas práticas de regeneração do solo e dos anseios de “retornar à terra”.
Rogério B. W. Pires. Nomes, dádivas, fuga: contraponto, eclipsamento e opacidade das plantations à Amazônia negra
Há mais de três séculos, os antepassados dos Saamaka estabeleceram-se na Amazônia Surinamesa depois de escaparem da escravidão nas plantations e de quase um século de guerra com o poder colonial neerlandês. Criaram, no interior das Guianas, modos de vida únicos, pujantes. Entretanto, alguns componentes centrais de suas vidas, identidades e costumes são dependentes de elementos externos. Tocarei em dois: (1) os nomes dos clãs (lo) saamaka são derivados das plantations das quais seus ancestrais apicais fugiram. (2) Durante suas trocas funerárias são trocados objetos de origem estrangeira – rum e tecido. Ao examinar o presente e o passado dos Saamaka, percebemos o quanto seu mundo é, e sempre foi, profundamente entranhado com a economia e a sociedade colonial e pós-colonial. Seu modo de vida pode ser lido como uma linha-de-fuga às sociedades escravocratas baseadas em plantation e suas sucessoras. Linha-de-fuga, mas também contraponto. A hipótese é: apesar de não parecer haver um desejo último por autarquia, há performances éticas-estéticas que continuamente transformam os emaranhamentos aos quais nos referimos, tornando dependência em autonomia. Porém, a relação entre externalidades e internalidades, bem como entre passado e presente, entre plantation, Estado, e seus contrários, não é pensada nem vivida como ideologia única, monolítica, mas a partir de um conjunto por vezes contraditório de relações, que passa pelo eclipsamento, pelo contraponto, pela fuga, pela opacidade.
Tilmann Heil. Tecendo a infraestrutura urbana: in(ter)venções senegalesas no Rio de Janeiro
A apresentação se debruça sobre a forma em que recém-chegados senegaleses encravam suas linhas e fios no tecido da infraestrutura urbana do Rio de Janeiro. Ao emaranhá-los com outras aglutinações urbanas, tais recém-chegados geram dinâmicas com múltiplas camadas, a nível situacional, para possibilitar as vidas que aspiram. Eles forjam aberturas onde antes não parecia haver alguma e mantêm potencialidades negativas sob controle. Para oferecer uma etnografia de como a presença senegalesa no Rio de Janeiro cresceu dinamicamente entre 2014 e 2019, extraio força analítica do duplo significado de agencement [agenciamento]: a ação de entrelaçar componentes sociomateriais variados – agencer – para que estes funcionem bem juntos, bem como o conjunto dali resultante de componentes sociais e materiais. Dois estudos de caso servem como ponto de partida: estes analisam, respectivamente, como senegaleses passaram a habitar um marco arquitetônico urbano e como regularizam sua condição de residência. Seu poder transformador de fazer a cidade é gerado tanto pelo entrelaçamento mútuo de uma dahira, grupo religioso de migrantes senegaleses e uma associação senegalesa diaspórica, quanto pelas maneiras pelas quais entrelaçam a si mesmos e suas formas coletivas institucionalizadas com outros componentes do espaço urbano, com características cada vez mais sociomateriais. Para além da inserção transnacional mais conhecida dos senegaleses, as complexas práticas infraestruturais que ocorrem no momento da sua chegada se tornam constitutivas de novas realidades urbanas, moldando o tecido da cidade da qual estão se tornando parte.

Atividades Recentes | Past Events 

2022 

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Defesas

17/01/2022, 14h
ROGÉRIO LOUVAIN VIANA FILHO
ENTRE PLANTAÇÕES, ROÇAS E CONGREGAÇÕES. Movimento e produção espaço-temporal da liberdade no pós-emancipação da escravidão na costa da Guiana Britânica

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26/01/2022, 10h
FELIPE COIMBRA MORETTI
As mil vozes do Caldeirão (1926-1936): exercício de imaginação histórico-etnográfico sobre uma comunidade milenarista-messiânica no Cariri cearense

27/01/2022, 11h
JULIANE OLIVEIRA NUNES
Entre Madalenas: o fazer político-estético nas configurações de rede entre artivistas do Teatro das Oprimidas. 

23/02/2022, 9h30
LAURA MARIA LOBATO-BAARS
Retratos do(s) afrikaans: variação e Relação nas histórias de uma língua sul-africana​

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Seminários

23/05
Fernanda Arêas Peixoto (usp), Mediação de Carlos gomes de castro
CRIAÇÃO, CRIAÇÕES.
Criação, criações
Nas palavras da professora, "propõe-se uma exploração sobre a criação, afastando-a de certas trilhas correntes que tendem a associá-la ao engenho inventivo de um sujeito (individual ou coletivo) e à elaboração de coisas novas, em função de projetos que incidem sobre o mundo ao redor. O intuito é testar os rendimentos analíticos da noção quando experimentada em domínios outros, de modo que diferentes sentidos e teorias da criação possam se iluminar reciprocamente, alargando compreensões. Tais reflexões, ainda preliminares, vêm sendo alimentadas por interlocuções diversas: com colegas antropólogos, por ocasião da elaboração de um projeto de pesquisa; com estudantes, em cursos oferecidos na universidade; por fim, com especialistas de outros domínios. Todas se mostram fundamentais para o exame das semânticas da criação.
Para este encontro, proponho nos concentrarmos nas sugestões lançadas pela medievalista Mary Carruthers sobre as relações entre memória e criação, bem como as colocadas pelo sinólogo François Jullien, que interpela a imprescindibilidade da noção de criação."​
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A Derrota dos Marcianos, Alvim Côrrea, 1906 (acervo itaú cultural)
14/11 E 15/12
SÉRIE Habitar REFÚGIOS NO PLANTATIONCENO

> dia 1: Profa. Rivke Jaffe (UNiversity of amsterdam), Profa. Antonádia Borges (UFRRJ), Carolina Frossard (UNIVERSITY OF AMSTERDAM), Aline Maia.
> dia 2: Profa. Brodwyn fischer (University of chicago), Prof. André Dumans (UFF), Prof. José Leite Lopes


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em parceria
NOVEMBRO [ATIVIDADE REALIZADA POR COLABORADORES DO LABORATÓRIO]
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Diálogos Etnográficos entre África e Caribe > Webinário ABA. 09 de novembro, 15h. Online, pela ABA TV (YouTube) <https://youtube.com/c/TVABA>
A partir da década de 2000, as condições políticas e científicas no Brasil permitiram que um volume crescente de antropólogas trabalhando em nosso país realizasse suas pesquisas fora do território nacional. Isto tem contribuído para a ampliação dos horizontes empíricos, teóricos e de interlocução da antropologia feita por aqui. Em particular, a possibilidade de fazer trabalho de campo em contextos africanos e caribenhos se tornou menos remota, o que abre nosso leque de discussões, bibliografias, e formas de fazer ciência. A aposta do atual webinário - realizado pelo Comitê de Estudos Africanos da ABA, com apoio do Laboratório de Antropologia e História (LAH, UFRJ) e do Laboratório de Antropologia das Controvérsias Sociotécnicas (LACS, UFMG) - é na triangulação entre África, Caribe, e Brasil, a partir de pesquisas empíricas aprofundadas. Para maiores detalhes, ver aqui.

2021

19/10/2021 - 10h
PROF. DR. DALE TOMICH (BINGHAMTON UNIVERSITY)
"PAISAGENS DA SEGUNDA ESCRAVIDÃO: ECONOMIA DO ESPAÇO, ECONOMIA DO TEMPO. EM DIREÇÃO A UMA ANTROPOLOGIA HISTÓRICA"
Mediação: Rogério Viana (LAH/PPGAS/MN/UFRJ)
Comentários: Felipe Moretti (LAH/PPGAS/MN/UFRJ) e Rogério Viana
Evento online. 
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A apresentação examina um conjunto de recursos visuais no intento de reconstruir as paisagens das plantações de algodão do vale do baixo Mississipi e das plantações açucareiras em Cuba na primeira parte do século XIX. À época, essas duas regiões consistiam em novas fronteiras de commodities onde terra e trabalho escravizado eram reestruturados para atender às demandas de uma economia mundial em processo de industrialização. A paisagem da plantation é uma interface entre natureza e produção escravista. Ela consiste em uma ferramenta importante, mas negligenciada, para analisar e interpretar as relações sociais e materiais da plantation escravista. As paisagens da plantation são formadas por uma interseção entre meio ambiente, condições materiais de produção de cada cultivo, relações sociais da escravidão, e demanda do produto pelo mercado mundial. A escala de operações, o tamanho e a distribuição das lavouras, sua localização em relação às unidades de processamento e armazenamento – além dos meios pelos quais trabalho e material circulavam através do espaço da plantation – formavam uma distinta economia do espaço e do tempo que governava as atividades laborais dos trabalhadores escravizados. Quanto produto tinha que ser processado? Para quão longe esse material deveria ser deslocado? Quanto tempo isso levava? O que era necessário para integrar essas várias atividades? Dentro de um determinado enquadramento espaço-temporal, plantadores determinavam estratégias para organizar terra e trabalho de modo a maximizar a produção. Por conseguinte, cada regime de plantation forma um complexo histórico-geográfico específico, e sua paisagem fornece um registro dos processos que os forma. Dessa perspectiva, a plantation é uma matriz flexível e dinâmica de processos sociais e materiais. Um exame de suas paisagens nos permite analisar e interpretar as condições materiais e sociais do trabalho e da vida social escravista, bem como a inter-relação entre práticas materiais, sociais, e culturais que conformam a plantation e seu regime de escravidão.
30/11/2021 - 11h
​Prof.ª Dr.ª Alessandra Benedicty-Kokken (National Museum Van Wereldculturen) Confluence or Dissonance? Jewish-heritage anthropologists studying "Haiti".
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Mediação: Marcela Andrade (Museu Nacional/UFRJ).
2020
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Seminários

24 de Novembro, 13h:
Stones have Laws (2018)
​legendas em inglês

Tolin Alexander, Lonnie van Brummelen e Siebren de Hann

Organização: Helena Monahan
Informações sobre os realizadores:
Stones Have Laws (2018) - introduction to the film project
Gravação do evento: 


4 | Dezembro | 14h

Nas Redes do Batidão
Dennis Novaes (Doutor PPGAS/MN/UFRJ)
Comentários: Felipe Barros (IFRJ-Eng. Paulo de Frontin)
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2019

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Série Caribe 2019: Explorações Etnográficas

18 de novembro​, segunda-feira, 9h30
2 x Cuba: os tempos e as coisas
Uma série de encontros que visa promover a troca de ideias e reflexões sobre pesquisas recentes realizadas na região do Caribe.
O governo são os outros: a produção do Estado em Havana
João Felipe Gonçalves (Universidade de São Paulo)
Resumo:
Este trabalho examina a relação dos habitantes de Havana com práticas disciplinares e governamentais como forma de produção daquilo que Timothy Mitchell chamou de state effect– ou seja, da ideia de um “Estado” visto como uma entidade coerente e unificada, que ao mesmo tempo faz parte e se diferencia da “sociedade”. O trabalho argumenta que no contexto cubano o state effectse produz em parte através da dicotomia retórica popular entre “eles” (ellos), os vistos como exploradores e poderosos, e um “nós” (nosotros), vistos como os explorados e submetidos ao poder. O trabalho discute o caráter fractal e recursivo dessa dicotomia, que projeta o Estado em outros sujeitos e que explica que os mesmos sujeitos possam ser vistos como parte de ellos ou nosotrosde acordo com a situação. O trabalho argumenta ainda que esses processos retóricos são indissociáveis da prática de trocas de dádivas tanto entre esses dois grupos abstratos quanto dentro do segundo grupo. O trabalho está baseado em pesquisa etnográfica realizada em Havana entre 2001 e 2016.
 
 
 
João Felipe Gonçalves é professor-doutor no Departamento de Antropologia e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo. É doutor em Antropologia Sociocultural pela Universidade de Chicago, mestre em História pela Johns Hopkins University, mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ, e bacharel em Ciências Sociais pela UFMG. Lecionou na Tulane University e na Universidade de Chicago. Foi bolsista do Social Science Research Council (SSRC) e pesquisador visitante em instituições como a Universidade das Filipinas, a Universidade de Sófia, o Collegium Budapest Institute of Advanced Studies, o Ibero-Amerikanisches Institut e a Smithsonian Institution. Especializa-se em antropologia política, antropologia urbana, antropologia da história, antropologia do espaço, estudos pós-socialistas, mundo afro-atlântico, América Hispânica, e Caribe. Suas pesquisas anteriores focalizaram-se geograficamente em Cuba e Miami, e tematicamente em nacionalismo, socialismo real, espaço urbano, e temporalidade. Seus projetos de pesquisa em andamento analisam representações públicas da escravidão nas Pequenas Antilhas e questões sociais e históricas no pensamento caribenho.
 
 
 
Oficina de inventos criollos, ou alquimias sociolistas
Carlos Gomes de Castro (LAH/MN/UFRJ)
Resumo: Desde Trilogía sucia de La Habana de Pedro Juan Gutiérrez, a referência à “mecânica cubana” não é mais nenhuma novidade. Arriscar reflexões em torno dela é, então, um perigoso exercício de simples replicação de discussões. No entanto, apostarei num retorno ao tema, e farei isso a partir de sua superfície, daquilo que está mais à vista. Como mote, persigo uma questão: o que um trator tem a dizer sobre vida? Tal indagação talvez não seja tão ingênua quanto aparenta, em especial quando se calcula tudo o que ela pode mobilizar para falar da vida ou de sua ausência. Para tentar uma resposta, experimentarei ajustar, dobrar ou fundir a “mecânica” que possibilita a existência do trator em alguns contos e imagens de trampas e resoluções de problemas (líos) cotidianos. As estórias encontram como paisagem etnográfica um batey cubano, compreendido em minha postura metodológica de yuma-mecânico-etnógrafo como uma oficina (taller), na qual astutos sujeitos-alquimistas-mecânicos fazem proliferar invenções criolizadas dos caros e (quase) inexistentes engenhos industrializados. Junções, soldas, sucatas, ruínas, transformações, cópias, trocas e reaproveitamentos são alguns dos elementos que, atrelados a extensas redes relacionais de pessoas, instituições, papéis, dinheiro e negócios, atravessam os criativos e ininterruptos trabalhos da oficina de inventos criollos. Certamente, um trator carrega, destrói e reconstrói muitas coisas.
Saiba mais...
Sala 2 do Prédio da Biblioteca
​Horto Botânico - Museu Nacional
​Como chegar:

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LAH + NUMEN-UNIRIO
Série Corpos em Movimento (Apoio: Faperj e CNPq)

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26 DE JUNHO, 14H
​UNIRIO - AUDITORIO PEQUENO DO CCET
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AV PASTEUR, 458 - URCA ​
​GLOBALIZANDO O DEBATE “ÉBANO E HERA”: OS ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS E O TRAFICO DE ESCRAVOS NO BRASIL XIX
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DARYLE WILLIAM (UNIVERSITY OF MARYLAND)
Os estabelecimentos públicos do Estado Imperial se sustentavam a partir de uma relação íntima entre o tráfico transatlântico e a sociedade escravista brasileira. Com enfoque nas histórias (muitas vezes ocultadas) da escravidão e o tráfico ilegal dentro dos museus, das academias e em outras instituições imperiais de cultura, ensino, e ciência, a apresentação tem dois objetivos principais: 1) localizar os negros, e especialmente os africanos livres, como atores constitutivos da institucionalização do estado no Brasil pós-independência; e 2) globalizar e abrasileirar o debate “ébano e hera” sobre as histórias entrelaçadas da escravidão, da raça, e do conhecimento no Atlântico.


Daryle Williams (PhD, History, Stanford University, 1995), Associate Professor of History and Associate Dean for Faculty Affairs in the College of Arts and Humanities at the University of Maryland, is Co-Principal Investigator on AADHum and Enslaved, two collaborative projects in black studies and digital humanities sponsored by the Andrew W. Mellon Foundation. A scholar of nineteenth- and twentieth-century Brazil, Williams has held grants and fellowships from the National Endowment for the Humanities, the Fulbright Scholar Program, the Ford Foundation, the Rockefeller Humanities Fellowship Program, and the Maryland Institute for Technology in the Humanities. He is currently working on the book, "The Broken Paths of Freedom: Free Africans in Nineteenth-Century Brazilian Slave Society,” that originated in exploratory archival research about the intimate relationship between fine arts and bondage in the Brazilian empire. ​
Seminários do LAH
​Série Corpos em Movimento (apoio FAPERJ e CNPq)

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27 DE MARÇO, 13:00h

ATUALIZAÇÕES E CORPORIFICAÇÕES DO CRISTIANISMO NA ANTROPOLOGIA E NO ALTO SURINAME
ROGÉRIO BRITTES W. PIRES (UFMG)

DEUS E OUTROS PARENTES INVISÍVEIS EM OLD BANK (BOCAS DEL TORO, PANAMÁ)
CLÁUDIA FIORETTI BONGIANINO (LAH/MN/UFRJ)
Resumos:

​Atualizações e corporificações do cristianismo na antropologia e no Alto Suriname

Rogério Brittes W. Pires (UFMG)

Ao longo da história das ciências da religião, o cristianismo serviu – ou, mais especificamente, certas atualizações pós-reforma e pós-iluministas do cristianismo serviram – enquanto modelo comparativo implícito que guia o que se entende por religião. Por outro lado, justamente por seu suposto baixo grau de alteridade, foi um objeto de estudo relativamente negligenciado durante a maior parte da história da antropologia. Há algumas décadas, porém, a antropologia tem percebido não apenas a relevância de se estudar o cristianismo, mas também as potencialidades comparativas de um fenômeno religioso tão múltiplo. Assim, uma subárea disciplinar – a antropologia do cristianismo – tem se consolidado como espaço de descrição e comparação. Voltando nossa atenção para as relações entre essa bibliografia e alguns de seus antecedentes – sobretudo em contextos africanos e afro-americanos – percebemos um complexo jogo de arranjos e tensões entre ênfases em rupturas e ênfases em continuidades. A fim de pensar esse incontornável e repetitivo tema, experimentarei instrumentalizar algumas modalidades de relação entre o cristianismo e fenômenos afro-amazônicos – qual observados em campo entre os Saamaka do Alto Suriname – para repensar rupturas e continuidades enquanto modos de ocultamento e exibição de aspectos cruciais de modos de vida compostos.


Coexistências invisíveis: noções de corpo e pessoa entre mulheres cristãs da vila afro-caribenha de Old Bank, Panamá

Claudia F. Bongianino

Na vila de Old Bank (localizada na costa atlântica do Panamá), experiências e narrativas sobre parentes, espíritos e bruxos interagem com duas doutrinas cristãs (metodista e adventista), as duas presentes na vila há mais de cem anos e ambas vinculadas ao mesmo processo histórico pelo qual os ancestrais afro-caribenhos da população local chegaram a Old Bank. Com base em pesquisa etnográfica de 14 meses, investigo a maneira como mulheres negras batizadas em uma das duas igrejas cristãs locais se relacionam com deus: este ser que, embora invisível, está fortemente presente na vida delas, inclusive em seus corpos, e cuja presença pode ser potencializada através do que elas denominam de “toque do espírito-santo”. Ao se aproximarem a deus, essas mulheres produzem uma mudança intencional em suas vidas, transformando a maneira como se relacionam com espíritos, bruxos e parentes - seres cuja presença também é intensa na vida e nos corpos delas. Nesse contexto, reflete-se sobre os conceitos nativos de pessoa e de corpo (femininos, cristãos, caribenhos e negros), investigando como a coexistência que se manifesta em Old Bank entre agências não/humanas i/materias in/visíveis contribui para o debate antropológico sobre parentesco e religião.
15 de Abril, 13:00h

​Materialidades vodu entre ciência e arte: as experiências do Bureau d'Ethnologie e do Centre d'Art no Haiti

Júlia Goyatá (doutora, USP)
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​Nos anos 1940 foram criadas no Haiti duas instituições que, agregando os campos da museologia, da educação e da produção científica, procuraram fornecer ao país uma cultura tradutível em objetos, formas e imagens. O Bureau d’Ethnologie, inaugurado em 1941, se propunha a ser um centro de pesquisas para a formação de antropólogos ao mesmo tempo que um museu etnográfico para a preservação do patrimônio dito popular e folclórico do país. Já o Centre d'Art, estabelecido em 1944, tinha a intenção de ser um espaço para a formação de artistas plásticos haitianos e uma galeria para a recepção de trabalhos artísticos de dentro e de fora do Haiti.
Proponho descrever o nascimento e os primeiros anos de atividades dessas instituições, atentando especialmente para os projetos museológicos de ambas. Por meio deles é possível acompanhar como nesse período opera-se uma transição com relação ao tratamento das materialidades vodu, que, antes demonizadas, passam a ser valorizadas e compreendidas em uma oscilação instável e constante entre os campos de interesse das ciências e das artes. Argumento ainda que a recuperação desse momento da história haitiana é especialmente interessante, pois é quando ocorre, no seio dessas mesmas instituições, uma intensa troca entre cientistas e artistas haitianos e estrangeiros. Assim, a emergência das materialidades vodu - e a concepção de espaços dedicados à colecioná-las, figurá-las e pensá-las -, está diretamente relacionada à construção de um Haiti interessante aos olhos estrangeiros.
Atividade NUCEC + LAH

25 DE MARÇO / 13:30H
CASAS, MERCADOS E PESSOAS: DIÁLOGOS ETNOGRÁFICOS ENTRE ÁFRICA E CARIBE 
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2023 © LAH | Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social | Museu Nacional | Universidade Federal do Rio de Janeiro