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Atividades 2025

MODOS DE EXISTÊNCIA QUE BROTAM NAS FRESTAS: NATUREZA E SOBRENATUREZA EM ALIANÇAS INSURGENTES +
SIMPÓSIO TEMÁTICO 25 NO 10ª REACT - PRÁTICAS GERMINANTES
​REUNIÃO DE ANTROPOLOGIA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA, 6-10 de outubro


Série Habitar Refúgios no Plantationceno
​29.09.2025 | 15 hs | CBAE/UFRJ
Conferência
Eduardo Viveiros de Castro (PPGAS|MN|UFRJ)
Notícias sobre o tempo e o espaço no Antropoceno


Seminários do LAH
26 de Agosto 2025 - 13h


Madeira como Diferença. Materialidade, sustentabilidade e desigualdade na criação do urbano
Tilmann Heil (Universidade de Colônia/ Mecila)

O Jardim de Guyodo ou a arte dos fragmentos no Haiti contemporâneo
Júlia Goyatá (UFMA e Pós-doc MN/UFRJ)


Seminário Anual de Pesquisas do LAH
29 de julho, 09:00-16:30 - Programação

Defesa de Tese
13 de junho, 09:00 – 14:30 - online
A busca da Voz: as dimensões do som na Sociedade Abakuá
Francisca Marcela Andrade Lucena


Seminários de Pesquisa
10 de junho, 13h, Horto Botânico, Museu Nacional, sala 41
Por onde o sangue escorre? Notas sobre o genocídio negro
Aline Maia (UFRJ)


​Palestra
27 de maio, 13h30, Horto Botânico, Museu Nacional, sala 41
Os saberes orgânicos e a não equivalência dos meios de pensar
Vladimir Moreira Lima (UERJ) e Márcio Goldman (UFRJ)
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Seminário de Pesquisa
6 de Maio, 13:00, Horto Botânico, Museu Nacional, sala 41
João Alípio Cunha (UFRJ) 
Afro-Paraguayos: Vivendo o reconhecimento

21 de março, 9:00, Horto Botânico, Museu Nacional
Defesa de Mestrado:
Bruna Silva - "Point Chic Charm: seu melhor ponto de encontro é aqui! Domingos dançantes na praça Zumbi dos Palmares"
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18 de março, 13:00, Horto Botânico, Museu Nacional
Reunião do LAH

21 de fevereiro, 9:00, Horto Botânico, Museu Nacional
Defesa de Mestrado:
​​Maria Marcelina Azevedo - "Águas da Baía: entre casas, mangues e marés" 


Saiba mais: Próximas | Coming EventsMODOS DE EXISTÊNCIA QUE BROTAM NAS FRESTAS: NATUREZA E SOBRENATUREZA EM ALIANÇAS INSURGENTES +
SIMPÓSIO TEMÁTICO 25 NO 10ª REACT - PRÁTICAS GERMINANTES
​REUNIÃO DE ANTROPOLOGIA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA, 6-10 de Outubro
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2024 

Encontros do LAH


29 Julho 

Encontro Anual do LAH
Colégio Brasileiro de Altos Estudos|UFRJ – Salão Nobre  - Avenida Rui Barbosa, 762, Flamengo, Rio de Janeiro

9-17h
Projetos em Elaboração
Safira Silva (2024): Raízes do recôncavo: Processos de enraizamento de famílias negras do Recôncavo da Guanabara
Nicolas Almeida (2024): Eis que o mundo era a orbe: diálogos entre Antropologia e Clarice Lispector
Rebeca Andrade (2024):“Ela chegou mas não é daqui” Musicalidade de Mulheres Negras Juremeiras:  Outra Perspectiva de Tempo e Espaço

Notas de Campo
Bruna Silva (2023): Point Chic Charm: um território negro na Zona Oeste carioca (Padre Miguel/RJ)
Maria Marcelina Azevedo (2023): Da Baía às marés: vidas em meio a presença industrial naval em territórios pesqueiros e quilombolas do Iguape (Cachoeira/BA)
Rogério Vianna (2022): Estado, plantation e petróleo na Guiana: notas de um campo em torno de processos jurídicos
Helena Monahan (2021):"Não foi do nada: traçando redes do trap brasileiro"

Capítulos de dissertação/tese
Aline Maia (2018): Os espíritos e as mães": notas sobre o agir dos mortos

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15 e 16 de Agosto

Passados Futuros da Plantation em Mundos Multiespécie
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Past Futures Plantation in Multispecies Worlds


Colégio Brasileiro de Altos Estudos|UFRJ – Salão Nobre 
Avenida Rui Barbosa, 762, Flamengo, Rio de Janeiro

Organização: LAH/MN/UFRJ e University of Amsterdam
Apoio: FAPERJ e UvA/European Research Council 


Quinta-feira, 15 de agosto de 2024
09:00
Conferência de Abertura
Wayne Modest (Vrije Universiteit Amsterdam e Wereldmuseum) | Etnographic Museums in a More-than-Human World
10:00
Mesa 1
Rivke Jaffe (UvA) | Reimaginando o trabalho de policiamento privado como um cuidado interespécies 
João Fernandez Pereira (UvA) | Animando desigualdades mortais? Um olhar mais-que-humano à segurança no Rio de Janeiro 
Aline Maia (UFRJ) | Os espíritos e as mães: notas sobre o agir dos mortos
14:00
Mesa 2
Guilherme Moura Fagundes (USP) | Preservacionismo no plantationceno: homogeneização, disciplinamento e violência colonial 
Uirá Garcia (UNIFESP) | Repovoar a floresta e cantar os refúgios: desmatamento, empoderamento e retomada no Leste Amazônico
Olivia Gomes Cunha (MN/UFRJ) | Fugas, porcos e espíritos

​Sexta-feira, 16 de agosto de 2024
09:00
Mesa 3
Felipe Sussekind (PUC-Rio) | Antropologia das Águas da Lagoa Rodrigo de Freitas: dinâmicas socioambientais e históricas 
Jorge Mattar Villela (UFSCar) | Desastre Semiótico {e Extinção
Rogério Viana (UFRJ) | Entre Jagdeo e Jagdeo: notas sobre a vida política do petróleo na Guiana
Vera Sales (UvA) | Humanos, ratos e infraestruturas: uma abordagem mais que humana diante das desigualdades de saúde do Rio de Janeiro
14:00
Mesa 4
Thiago Niemeyer (UFRJ) | Sociotécnicas da evocação: Ancestralidade Judaica no Suriname sob Perspectiva relacional
Rosa C. R. Vieira (USP) | Etnografia e memórias da plantation no Mayombe (RDC)
Gabriel Holliver (UFRJ) | O algodão, o bicudo e as sementes da paixão: histórias de um mundo desmantelado
Túllio da Silva Maia (UvA) | Mosquitos e o manguezal: uma conversa sobre o LIRAa, vizinhança e dispositivos da vigilância epidemiológica
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Atividades e Série Habitar Refúgios no Plantationceno 2023
Defesas de Teses e Dissertações

​Defesa de Tese
Fernando Vieira
Comer I-tal: corpo, pessoa e comida entre os Rastafári Bobo Shanti em Bobo Hill, Jamaica

29 de Setembro de 2023, às 9h30
Pavilhão de Aulas
Horto Botánico, Museu Nacional
UFRJ
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​Série Habitar Refúgios no Plantationceno 2022
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14 de novembro,
Rivke Jaffe (University of Amsterdam) sobre o medo e suas sensibilidades não-humanas nos bairros de Kingston, Jamaica: "Dogs and Danger: More-than-Human Sensing of Urban Insecurity". 
Aline Maia (PPGAS/UFRJ/MN) sobre redes de apoio entre as mães de filhos mortos pelo genocídio negro na cidade do Rio de Janeiro.
​Mediação: Antonádia Borges (UFFRJ).
5 de dezembro
Brodwyn M. Fischer (Universidade de Chicago): “Entre a cidade negra e a cidade escrava: Os emaranhados do poder relacional na pós emancipação recifense”.
André Dumans (UFF) Minerações e práticas de conhecimento da economia, do social, do cativeiro e dos movimentos
​Mediação José Sérgio Leite Lopes (PPGAS/UFRJ/MN). 
2020
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Seminários

24 de Novembro, 13h:
Stones have Laws (2018)
​legendas em inglês

Tolin Alexander, Lonnie van Brummelen e Siebren de Hann

Organização: Helena Monahan
Informações sobre os realizadores:
Stones Have Laws (2018) - introduction to the film project
Gravação do evento: 


4 | Dezembro | 14h

Nas Redes do Batidão
Dennis Novaes (Doutor PPGAS/MN/UFRJ)
Comentários: Felipe Barros (IFRJ-Eng. Paulo de Frontin)
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2019

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Série Caribe 2019: Explorações Etnográficas

18 de novembro​, segunda-feira, 9h30
2 x Cuba: os tempos e as coisas
Uma série de encontros que visa promover a troca de ideias e reflexões sobre pesquisas recentes realizadas na região do Caribe.
O governo são os outros: a produção do Estado em Havana
João Felipe Gonçalves (Universidade de São Paulo)
Resumo:
Este trabalho examina a relação dos habitantes de Havana com práticas disciplinares e governamentais como forma de produção daquilo que Timothy Mitchell chamou de state effect– ou seja, da ideia de um “Estado” visto como uma entidade coerente e unificada, que ao mesmo tempo faz parte e se diferencia da “sociedade”. O trabalho argumenta que no contexto cubano o state effectse produz em parte através da dicotomia retórica popular entre “eles” (ellos), os vistos como exploradores e poderosos, e um “nós” (nosotros), vistos como os explorados e submetidos ao poder. O trabalho discute o caráter fractal e recursivo dessa dicotomia, que projeta o Estado em outros sujeitos e que explica que os mesmos sujeitos possam ser vistos como parte de ellos ou nosotrosde acordo com a situação. O trabalho argumenta ainda que esses processos retóricos são indissociáveis da prática de trocas de dádivas tanto entre esses dois grupos abstratos quanto dentro do segundo grupo. O trabalho está baseado em pesquisa etnográfica realizada em Havana entre 2001 e 2016.
 
 
 
João Felipe Gonçalves é professor-doutor no Departamento de Antropologia e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo. É doutor em Antropologia Sociocultural pela Universidade de Chicago, mestre em História pela Johns Hopkins University, mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ, e bacharel em Ciências Sociais pela UFMG. Lecionou na Tulane University e na Universidade de Chicago. Foi bolsista do Social Science Research Council (SSRC) e pesquisador visitante em instituições como a Universidade das Filipinas, a Universidade de Sófia, o Collegium Budapest Institute of Advanced Studies, o Ibero-Amerikanisches Institut e a Smithsonian Institution. Especializa-se em antropologia política, antropologia urbana, antropologia da história, antropologia do espaço, estudos pós-socialistas, mundo afro-atlântico, América Hispânica, e Caribe. Suas pesquisas anteriores focalizaram-se geograficamente em Cuba e Miami, e tematicamente em nacionalismo, socialismo real, espaço urbano, e temporalidade. Seus projetos de pesquisa em andamento analisam representações públicas da escravidão nas Pequenas Antilhas e questões sociais e históricas no pensamento caribenho.
 
 
 
Oficina de inventos criollos, ou alquimias sociolistas
Carlos Gomes de Castro (LAH/MN/UFRJ)
Resumo: Desde Trilogía sucia de La Habana de Pedro Juan Gutiérrez, a referência à “mecânica cubana” não é mais nenhuma novidade. Arriscar reflexões em torno dela é, então, um perigoso exercício de simples replicação de discussões. No entanto, apostarei num retorno ao tema, e farei isso a partir de sua superfície, daquilo que está mais à vista. Como mote, persigo uma questão: o que um trator tem a dizer sobre vida? Tal indagação talvez não seja tão ingênua quanto aparenta, em especial quando se calcula tudo o que ela pode mobilizar para falar da vida ou de sua ausência. Para tentar uma resposta, experimentarei ajustar, dobrar ou fundir a “mecânica” que possibilita a existência do trator em alguns contos e imagens de trampas e resoluções de problemas (líos) cotidianos. As estórias encontram como paisagem etnográfica um batey cubano, compreendido em minha postura metodológica de yuma-mecânico-etnógrafo como uma oficina (taller), na qual astutos sujeitos-alquimistas-mecânicos fazem proliferar invenções criolizadas dos caros e (quase) inexistentes engenhos industrializados. Junções, soldas, sucatas, ruínas, transformações, cópias, trocas e reaproveitamentos são alguns dos elementos que, atrelados a extensas redes relacionais de pessoas, instituições, papéis, dinheiro e negócios, atravessam os criativos e ininterruptos trabalhos da oficina de inventos criollos. Certamente, um trator carrega, destrói e reconstrói muitas coisas.
Saiba mais...
Sala 2 do Prédio da Biblioteca
​Horto Botânico - Museu Nacional
​Como chegar:

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Seminários do LAH
​Série Corpos em Movimento (apoio FAPERJ e CNPq)

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27 DE MARÇO, 13:00h

ATUALIZAÇÕES E CORPORIFICAÇÕES DO CRISTIANISMO NA ANTROPOLOGIA E NO ALTO SURINAME
ROGÉRIO BRITTES W. PIRES (UFMG)

DEUS E OUTROS PARENTES INVISÍVEIS EM OLD BANK (BOCAS DEL TORO, PANAMÁ)
CLÁUDIA FIORETTI BONGIANINO (LAH/MN/UFRJ)
Resumos:

​Atualizações e corporificações do cristianismo na antropologia e no Alto Suriname

Rogério Brittes W. Pires (UFMG)

Ao longo da história das ciências da religião, o cristianismo serviu – ou, mais especificamente, certas atualizações pós-reforma e pós-iluministas do cristianismo serviram – enquanto modelo comparativo implícito que guia o que se entende por religião. Por outro lado, justamente por seu suposto baixo grau de alteridade, foi um objeto de estudo relativamente negligenciado durante a maior parte da história da antropologia. Há algumas décadas, porém, a antropologia tem percebido não apenas a relevância de se estudar o cristianismo, mas também as potencialidades comparativas de um fenômeno religioso tão múltiplo. Assim, uma subárea disciplinar – a antropologia do cristianismo – tem se consolidado como espaço de descrição e comparação. Voltando nossa atenção para as relações entre essa bibliografia e alguns de seus antecedentes – sobretudo em contextos africanos e afro-americanos – percebemos um complexo jogo de arranjos e tensões entre ênfases em rupturas e ênfases em continuidades. A fim de pensar esse incontornável e repetitivo tema, experimentarei instrumentalizar algumas modalidades de relação entre o cristianismo e fenômenos afro-amazônicos – qual observados em campo entre os Saamaka do Alto Suriname – para repensar rupturas e continuidades enquanto modos de ocultamento e exibição de aspectos cruciais de modos de vida compostos.


Coexistências invisíveis: noções de corpo e pessoa entre mulheres cristãs da vila afro-caribenha de Old Bank, Panamá

Claudia F. Bongianino

Na vila de Old Bank (localizada na costa atlântica do Panamá), experiências e narrativas sobre parentes, espíritos e bruxos interagem com duas doutrinas cristãs (metodista e adventista), as duas presentes na vila há mais de cem anos e ambas vinculadas ao mesmo processo histórico pelo qual os ancestrais afro-caribenhos da população local chegaram a Old Bank. Com base em pesquisa etnográfica de 14 meses, investigo a maneira como mulheres negras batizadas em uma das duas igrejas cristãs locais se relacionam com deus: este ser que, embora invisível, está fortemente presente na vida delas, inclusive em seus corpos, e cuja presença pode ser potencializada através do que elas denominam de “toque do espírito-santo”. Ao se aproximarem a deus, essas mulheres produzem uma mudança intencional em suas vidas, transformando a maneira como se relacionam com espíritos, bruxos e parentes - seres cuja presença também é intensa na vida e nos corpos delas. Nesse contexto, reflete-se sobre os conceitos nativos de pessoa e de corpo (femininos, cristãos, caribenhos e negros), investigando como a coexistência que se manifesta em Old Bank entre agências não/humanas i/materias in/visíveis contribui para o debate antropológico sobre parentesco e religião.
15 de Abril, 13:00h

​Materialidades vodu entre ciência e arte: as experiências do Bureau d'Ethnologie e do Centre d'Art no Haiti

Júlia Goyatá (doutora, USP)
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​Nos anos 1940 foram criadas no Haiti duas instituições que, agregando os campos da museologia, da educação e da produção científica, procuraram fornecer ao país uma cultura tradutível em objetos, formas e imagens. O Bureau d’Ethnologie, inaugurado em 1941, se propunha a ser um centro de pesquisas para a formação de antropólogos ao mesmo tempo que um museu etnográfico para a preservação do patrimônio dito popular e folclórico do país. Já o Centre d'Art, estabelecido em 1944, tinha a intenção de ser um espaço para a formação de artistas plásticos haitianos e uma galeria para a recepção de trabalhos artísticos de dentro e de fora do Haiti.
Proponho descrever o nascimento e os primeiros anos de atividades dessas instituições, atentando especialmente para os projetos museológicos de ambas. Por meio deles é possível acompanhar como nesse período opera-se uma transição com relação ao tratamento das materialidades vodu, que, antes demonizadas, passam a ser valorizadas e compreendidas em uma oscilação instável e constante entre os campos de interesse das ciências e das artes. Argumento ainda que a recuperação desse momento da história haitiana é especialmente interessante, pois é quando ocorre, no seio dessas mesmas instituições, uma intensa troca entre cientistas e artistas haitianos e estrangeiros. Assim, a emergência das materialidades vodu - e a concepção de espaços dedicados à colecioná-las, figurá-las e pensá-las -, está diretamente relacionada à construção de um Haiti interessante aos olhos estrangeiros.

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